O estigma, quando estudado no âmbito da saúde mental, pode ser entendido como um conjunto de ideias e comportamentos que levam a uma valoração negativa das pessoas com transtornos mentais.
São exemplos de crenças estigmatizantes: “pessoas com transtorno mental são violentas, perigosas, sem autocontrole ou dependentes de outros para viver ”. Os comportamentos estigmatizantes, por sua vez, são aqueles que envolvem reação de medo, irritação, distanciamento, raiva ou piedade diante de uma pessoa em sofrimento mental.
Devido a todo esse estigma, não é incomum que os portadores de transtornos mentais sejam vistos como causadores de seus próprios adoecimentos ou como os únicos responsáveis pela ausência de suas melhoras.
Para piorar ainda mais todo esse cenário, além do estigma público, que é aquele exercido das pessoas em direção às pessoas com transtornos mentais, existe também o autoestigma. O autoestigma consiste nas reações estigmatizantes que o indivíduo apresenta contra si próprio e que, muitas vezes, são decorrentes da internalização do estigma público prévia e cronicamente presenciado.
Dessa forma, o indivíduo com transtorno mental muitas vezes precisa lidar não só com o sofrimento causado pelos sintomas de seu adoecimento, mas também com o sofrimento e com as dificuldades de vida prática provenientes do estigma.
A OMS considera o combate ao estigma como uma das prioridades em saúde mental e, a melhor forma para combatê-lo é a ampla informação a respeito do adoecimento mental e também a oportunidade de convivência com portadores de transtornos mentais.
O estigma em saúde mental
